quinta-feira, 17 de março de 2011

Depoimento de uma ex-adúltera


Eu era rejeitada... Eu estava desamparada

Em meio as minhas lutas e aflições, cedi às tentações

Foi o maior erro de minha vida...

Pega em flagrante, me deparei com a vergonha de meus atos

Quando me levaram para fora, uma dor agonizante partia meu ser

Cada pedaço, cada parte de mim era dilacerado pela culpa que me pesava...

Fui levada a um certo homem para ser julgada

Humilhada, sem razão alguma e envergonhada;

Uma pecadora afundada em seus delitos com seu fim perante os olhos...

Minha sentença era a morte.

Naqueles instantes pesei toda a minha vida na balança

E a morte não parecia tão assustadora se comparada com o que eu sentia;

E eu não via motivo para viver... não havia e eu não via razão alguma estar aqui...

Ouvi minha acusação ser pronunciada

Com um grande publico esperando o veredicto final

E muitos gritavam contra mim; como flechas me atingiam as palavras...

Silencio...

Algo estava errado... se eu estava contando certo já era para minha sentença ter começado a ser executada

Mas ao contrário disso; o silêncio pairava no ar... expectativa de uns, agonia de outros...

Impacientemente aguardavam...

Eu não ousava me mexer

Até ouvir o respirar de alguém tomando fôlego para falar

E apenas comprimi meus olhos e agucei meus ouvidos;

As ultimas palavras que eu ouviria estavam prestes a serem anunciadas...

‘Aquele que não tem pecado, atire a primeira pedra.’


Será que eu ouvi corretamente? O que?

Mais será verdade?

Devo já ter morrido...

O terrível e aparentemente eterno silêncio voltou ao ar...

Perguntas me inundaram como um tsunami

Quem teria proferido tais palavras?

O que significava aquela resposta?

Alguém havia desafiado um outro muito mais inteligente...

Alguém estava à meu favor... será mesmo?

Tum... Tum... Tum... era preciso prestar atenção

Os barulhos seriam da força com que meu coração batia ou era o cair das pedras ao chão?

Eram as pedras...

E logo depois uma voz se dirigiu a mim;

Eu a reconheci como a voz que disse as palavras que quebraram aquele silêncio;

Mas eu não sabia como agir

Será que era pra levantar a cabeça? Ficar em pé?

Mas eu estou tão envergonhada e suja...

Como poderia me levantar?

Ele dirigiu a palavra a mim perguntando sobre os meus acusadores

E ali, ainda no chão percebi que não havia mais ninguém a não ser eu e o homem que comigo falava.

Então com a voz embargada pelo choro disse murmurei ao vento que não havia mais ninguém...

E agora, era esperar pra ver qual surpresa ainda me aguardava

A maior surpresa de minha vida

A razão para eu viver e o motivo para eu existir

Foram ditas por Ele...

Na noite em que eu morri

Ele veio em meu favor

E eu vivi

‘Vai e não peques mais’

As palavras que assinaram meu decreto de vida

Que acabaram com minhas lágrimas e limparam minhas vestes

Eu, antes arruinada e carregada de culpa, vergonha e pecado

Fui transformada pelas palavras de um homem

Que veio a ser, realmente, meu Salvador

Era Jesus quem falava comigo

Foi Jesus que me salvou

Será sempre por Ele e para Ele


Ass: Redimida [Jo 8:1-11]


(A.N.)

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