O Que Nós Pensamos vs A Maneira de Deus Agir

**II Rs 5:1,9-11**

“Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso... Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu. Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo... Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso.”

Esse texto conta-nos o momento em que Naamã vai ter ao encontro do profeta Eliseu em Israel. Pra entender- mos melhor, o contexto é o seguinte:

Naamã, comandante do exército da Síria, com toda sua ‘pompa’, é enviado vai à Israel com o intuito de ver o Profeta Eliseu, pois tinha ouvido falar deste, por intermédio de uma jovem serva de sua mulher, que o Senhor era com ele e que poderia restaurá-lo. Naamã, mais que depressa, vai ter ao encontro do profeta, que nem sequer o recebe pessoalmente, mas manda um mensageiro ir ter com o comandante e dizer o que este haveria de fazer; o que deixa Naamã muito irritado. Mas este resolve acatar a sugestão de seus oficiais e fazer conforme o profeta havia dito e por fim, recebe sua recompensa: ***A CURA***!

Contextualizados? Continuando...

Atente sua atenção para algumas coisas: 1- Naamã era comandante; 2- ele era leproso; 3- não foi recebido como queria e 4- ficou perto de perder a benção.

Isso me leva a refletir sobre nossa vida cristã, e me faz perceber que não importa qual posição natural você tenha, a vontade de Deus é maior que qualquer título humano.

*‘Deus não age segundo nossa necessidade ou conceito natural, Ele age segundo a Sua riqueza e glória.’* (Bp Auro Henrique)

O fato de Naamã ser leproso e ir a busca de receber a cura, demonstra uma vontade por parte dele, tanto que os seus oficiais dizem: ‘Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias?’, ou seja, ele realmente estava disposto a agir em busca da restauração de seu corpo. Mas essa ação, implicava em obedecer e crer. Com todo seu plano bagunçado, Naamã percebe que ele não está no controle da situação e que a cura depende de sua obediência.

***‘A fé independe da razão; mas pede obediência.’***

Por diversas vezes agimos como Naamã e mesmos necessitados da graça e do favor de Deus colocamos ‘mil e uma’ exigências ao Senhor do tipo, ‘eu quero do meu jeito’, ‘no meu tempo’, ‘da minha maneira’, ‘com quem eu quiser’ e blá blá blá, como se fossemos as autoridades e Deus nosso servo, como se nossos títulos valessem algo. Nos colocamos acima de Deus sem nem mesmo o fazer consciente.

O caráter e o coração de Naamã foram duramente testados ao não ser recebido pelo profeta; parece algo simples, mas se você se colocar no lugar dele verá que não era tão fácil assim ‘não ser recebido’ por alguém e havia a mensagem do profeta de ir se banhar no Jordão; o que pra Naamã foi um absurdo e o deixou indignado (II Rs 5:12). A questão não é que havia algo de especial no rio em si, mas havia uma palavra liberada.

Muitas vezes, quase perdemos e outras muitas, perdemos as bênçãos de Deus por colocar tanta exigência que a fé não tem como agir, simplesmente porque não obedecemos. Nossas vontades atam a nossa fé... Sem fé, não conseguimos crer, sem crer não nos sentimos seguros para confiar, não conseguimos acatar a palavra, não agimos como deveríamos (obedecendo) mesmo em coisas simples (como banhar-se no rio) e perdemos a benção.

A Palavra de Deus nos diz em **Rm 12:2**, que precisamos buscar qual a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para nossa vida, isso quer dizer que, mais do que uma vontade de obedecer ou preciso agir de acordo e obedecer.

Jo 11 do verso 1 ao 46, nos relata uma história interessante de como o que parece melhor ‘no meu tempo’ nem sempre vem a ser o melhor de Deus; a história da morte e ressurreição de Lázaro. Jesus fica sabendo que seu amigo estava muito enfermo, mas continua no mesmo lugar...para todos, inclusive e principalmente, para as irmãs de Lázaro aquele era o momento exato pra Jesus intervir e aos olhos de muitos parecia ser ‘o momento’. Mas Jesus tinha um plano ainda melhor e declara no verso 4, que aquela enfermidade não era para a morte e sim para a glória de Deus; provavelmente se eu ou você estivéssemos presentes na ocasião ficaríamos bem desnorteados, tentando, em vão, entender e compreender o que estava acontecendo... Não é porque Ele não fez no tempo que queríamos que Ele não mais o fará... logo mais a frente no texto vemos quão grande milagre Jesus opera trazendo Lázaro de volta a vida e muitos creram n’Ele; o Filho havia sido glorificado( vs 4).

Seja como na história de Naamã onde somos confrontados em como pensamos e agimos ou como na história de Lázaro em que vemos, mais claramente, que por mais perturbadora que uma situação possa parecer precisamos confiar na **maneira de Deus agir**, temos que estar firmes na promessa! (promessa 1- Naamã: receber a cura / promessa 2- Lazáro: viver o milagre).

Então lembre-se: *'Não importam as dificuldades do caminho, a promessa não muda! A vitória está garantida se eu ***obedecer***, ***agir*** e ***crer***. Batalhas e confrontos são oportunidades de trabalharmos nosso *coração* e *caráter*, para que possamos nos tornar dignos de recebermos nossa benção. Quando eu reconhecer que o tempo d’Ele é o tempo perfeito viverei algo mais extraordinário do que poderia pensar.’*

**Is 55:8-9**

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.”

***‘Você nunca perde por obedecer.’***

Anne Nicole L. Soster