Você sabia que existem portas
na sua vida?
Determinados momentos, somos
colocados frente a elas e devemos tomar decisões arriscadas.
As portas podem ser várias,
de diversas formas e tamanhos. Cores e espessuras. Lisinhas ou cheias de farpa
como uma madeira rústica.
A verdade é que não saberemos
como elas são até que coloquemos nossas mãos nela e tomarmos a decisão de
abri-las. Só assim saberemos se são leves ou pesadas e se irão nos machucar ou
não...
Mesmo que saibamos o que nos
aguarda do outro lado e mesmo sabendo que está é a decisão que deve ser tomada,
é difícil se colocar nessa situação. Dá uma vontade de disfarçar, deixar pra
depois ou dar desculpas atrás de desculpas...
Você SABE que precisa abrir a
porta e a chave está em sua mão... Mas é preciso um passo a mais, uma decisão...
Que geralmente, muda a sua vida para sempre!
Eu estou frente a uma
porta... E na realidade, não estava nem um pouco a fim de abri-la. Eu queria
mesmo era esconder a chave e continuar o meu caminho naquilo que eu estou
pensando. A maior dificuldade em abrir essa porta é que a situação em si e a
minha intenção está correta, a complicação é porque essa motivação tomou uma
proporção maior do que tem que ser e por esse motivo tomou um lugar em minha
vida que não poderia ocupar e o único jeito de eu trazer isso pro equilíbrio
novamente é abrindo a porta.
Abrir a porta pode ser
confessar algo, deixar alguma coisa para trás, inverter posições de pessoas e
valores, reconhecer um erro ou declarar abertamente uma verdade. É como que, se aquilo é tão correto, que você
tem medo de começar a fazer um pouco menos e isso afetar sua vida e convivência
de uma forma que você não está preparado. O sentimento de sempre fazer pelos
outros, por exemplo, às vezes colocamos as pessoas tão a frente de nossas vidas
que corremos o risco de colocá-las até a frente de Deus. Medo de
decepcioná-las, medo de entristecê-las... E, de medo em medo, as colocamos no
centro de nossa vida e é aí que está o erro! O centro de nossa vida só pode ser
ocupado por Jesus!
Abraão, por exemplo, quando
recebeu a promessa, Deus lhe disse para deixar para trás a terra, a parentela e a casa de seu pai (Gn 12:1), mas Abraão estava
apegado de mais a casa de seu pai
para deixá-la para trás. Abraão deve ter pensado que não teria problema e que
ele conseguiria lidar bem com a situação ou talvez quisesse incluir seu pai na
benção de alguma forma. Mas essa era a porta que Abraão precisava abrir. Ele precisava
abrir a porta do cumprimento das promessas de Deus em sua vida. Uma porta que
só poderia ser aberta se ele renunciasse a todo o seu contexto e encarasse o
que estava por vir. Mas Abraão por um momento ficou receoso de deixar a casa de seu pai para trás... Ele
sabia que do outro lado dessa porta estava a promessa, mas deixar a terra, a
parentela já havia sido difícil... teria mesmo necessidade de deixar a casa de seu pai?
Ele preferiu segurar a chave
por mais um tempo em suas mãos e abrir a porta somente quando estivesse mais
confortável com a situação, acostumado com a idéia. E talvez ele nem precisasse
abrir essa porta mais a frente... E por conta disso, Abraão retardou o
cumprimento da promessa de Deus em sua vida. Parou no meio do caminho. Perdeu tempo.
E precisou enterrar seu pai para que continuasse a caminhar rumo à terra que o
Senhor havia prometido.
É aí que eu te pergunto: Qual
é a porta que você está com medo de abrir? O que está do lado de cá da porta
que te impede de encarar o desafio? Até onde você pretende adiar essa decisão? O que terá que acontecer para que você coloque a chave na fechadura e empurre a
porta?
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